Pra quem está ansioso pelo filme do “Esquadrão Suicida”, que só chega aos cinemas em agosto de 2016, uma boa prévia é a animação dirigida por Jay Oliva e Ethan Spaulding, que por sua vez, é baseado no universo criado para os games da série “Batman: Arkham”. Apesar do Cavaleiro das Trevas dar nome ao filme, quem estrela a aventura é mesmo o grupo de renegados da DC Comics.
Na trama, a agente do governo norte-americano Amanda Waller convoca uma série de vilões para realizar uma missão extremamente arriscada, mas que poderia ser cumprida graças às habilidades de cada um. Como o nome do grupo sugere, o “trabalho” é algo suicida, mas se bem feito, garante o perdão de parte dos crimes cometidos por essas pessoas. O problema, pelo menos para eles, é que se não cumprirem a missão ou mesmo se recusarem a realizá-la, eles perdem suas vidas, graças a um dispositivo explosivo implantado em cada um, sem o seu conhecimento. Nem mesmo o governo pode confiar cem por cento em seus mercenários.
A missão de Waller é que a nova equipe invada o Asilo Arkham, conhecida instituição psiquiátrica/penal, onde estão encarcerados alguns dos piores crimonosos de Gotham City, e uma vez lá dentro, encontre e mate Edward Nigma, mais conhecido como o Charada, que está de posse de importantes informações confidenciais que interessam ao governo e suas divisões.
Os membros do Esquadrão Suicida são o Pistoleiro, Capitão Bumerangue, Nevasca, Tubarão-Rei, Aranha Negra e Arlequina, numa de suas versões mais ensandecidas desde sua primeira apariação na série animada do Homem-Morcego nos anos 90.
Como numa boa história de assalto e invasão, afinal, é essa a especialidade do grupo, a trama vai se desenrolando entre uma e outra rusga por parte dos membros e algumas sequências que mostram melhor as capacidades de cada personagem. Arlequina, por exemplo, sabe muito bem como levar um homem à loucura, se é que me entendem.
No meio da ação, surge o Batman, que tenta a todo custo impedir que o Esquadrão cumpra sua missão, ao mesmo tempo em que deve prender cada um deles. A reviravolta se faz presente quando surge ninguém menos que o Coringa, detido em Arkham, mas que consegue escapar. Mas fugir não é bem a intenção do “Palhaço do Crime”. Uma vez livre, ele quer destruir todo o local, pondo em prática um plano que arquitetou durante o tempo em que esteve preso.
Há o primeiro encontro entre ele e Arlequina, algo que provavelmente será mostrado no filme de cinema, iniciando a relação de amor e loucura entre os dois personagens, algo que é considerado um dos pontos altos nas histórias ambientadas no universo do Batman.
A qualidade na animação dispensa maiores comentários, já que a Warner/DC vem realizando ótimos trabalhos nessa área já a algum tempo, superando os longas-metragens de sua principal concorente, a Marvel. E algo que eles vem fazendo, que também merece destaque, é o uso de sequências de extrema violência, mesmo que mais sugeridas do que propriamente explícitas, além de uma certa dose de elementos adultos, como consumo de drogas e insinuações de sexo. Afinal, se temos uma Arlequina por que não aproveitá-la?
A dublagem em português mais uma vez ficou a cargo do estúdio carioca Cine Vídeo, sob a direção da competente Míriam Ficher, que esclaou uma série de vozes perfeitas para os personagens. Destaque para Márcio Seixas, que repete seu papel de Batman, consagrado na série dos anos 90 e em algumas outras produções.
Por serem longas-metragens baseados em histórias em quadrinhos, e neste caso, em videogames, os filmes animados da Warner/DC acabam por mostrar tramas já conhecidas pelos fãs, mesmo que adaptadas à mídia televisiva, com algumas diferenças em relação ao material original. Mas como a qualidade é tamanha, tanto visual, como em conceitos de narrativa e demais elementos de história, cada novo trabalho ganha sua identidade própria, tornando-se uma ótima experiência para quem adora essas aventuras e seus personagens.
E como eu escrevi no começo desta crítica, é uma excelente oportunidade para começar a se aventurar no perigoso e dinâmico universo de missões do Esquadrão Suicida. E então, vai aceitar a missão?
Assista um vídeo nosso falando sobre o filme:
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