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2 de jun. de 2016

Seção Prata da casa - Banda Dislexia



E aí, Pointers.

Hoje inauguramos uma seção aqui na Revista Otaku Point, dando espaço para produções feitas nacionalmente, seja no Pará ou em qualquer outro estado do Brasil.


E para a estréia deste espaço, hoje entrevistaremos uma banda que tem influencias do Rock Japonês e está correndo atrás do seu espaço no cenário do Rock Paraense e da cultura pop, uma banda que mistura Punk, Hardcore, Reggae e outras sonoridades do Rock. Estamos falando dos Paraenses da Dislexia.

Vamos a entrevista:

Otaku Point: Primeiro, apresentem a banda para todos sabermos quem faz parte dela.

Raoni Joseph: Olá, Otaku Point e leitores, muito obrigado pela oportunidade. A formação da Dislexia é a seguinte: Rafael Du Vale nos vocais, Vitor Vieira na Guitarra, Léo Gomes na outra guitarra, Luyan Sales na bateria e eu, Raoni Joseph, no Baixo e Backing Vocals.

OP: Conte-nos como surgiu a banda.

RJ: A banda surgiu no final de 2014, em um período de transições na minha carreira musical. Eu comecei a ouvir bandas diferentes do que eu tava habituado a escutar, como SiM (banda japonesa de Punk Reggae), Skindred (banda inglesa de Nu Metal com pegada Ragga), Bad Brains

Raoni Joseph
(pioneiros no Hardcore com influência Reggae), entre outras. Na época eu estava com a banda Ut Opia (banda autoral com influências de JRock / Visual Kei) e inicialmente a Dislexia (que ainda não tinha este nome na época) seria apenas um projeto paralelo. Culminou que a Ut Opia decidiu entrar em hiato sem previsão de retorno. Então decidi procurar membros para iniciar meu novo projeto. O primeiro a entrar em contato comigo foi o Alvaro Neto (guitarrista), ele chamou o Vitor para fazer a segunda guitarra. O Rafael entrou em contato comigo dizendo que tinha interesse em cantar algo diferente e assim assumiu o posto de vocalista. Já o Luyan entrou em um momento em que a banda estava se preparando para gravar e fazer os primeiros shows. A Dislexia surgiu desta forma.

OP: Qual a relação de vocês com a Cultura Pop Nerd / Japonesa, se é que existe alguma?

RJ: Eu toquei em duas bandas que tocaram neste circuito. A primeira delas foi a Blue Blood, que durou o período de 2008 a 2011, fazendo vários shows por Belém e até fora do Estado, onde tocamos no SANA (Super Amostra Nacional de Animes), que é realizado em Fortaleza-CE. O SANA é considerado o segundo maior evento de cultura pop japonesa do Brasil, atrás apenas do Anime Friends (SP). Tocamos em vários eventos de Belém, com várias formações. Blue Blood era uma banda cover de X Japan, depois passou a

Rafael Du Vale
tocar outras coisas, como Versailles, Luna Sea. A banda acabou e formei a Ut Opia. A Ut Opia já tinha uma proposta direcionada para o autoral, mas com influências de JRock / Visual Kei. A Ut Opia durou de 2012 a 2015, durante esse período gravamos o EP “Sem Direção”, com 4 músicas. A partir desse EP, fizemos vários shows, gravamos clipe, saímos em coletâneas Brasileiras, entre outras atividades. A minha relação vem dessa história. O Luyan toca nas bandas Shinobi 88 e Dead Mushroom, bandas conhecidas no circuito de cultura pop japonesa que já tem uma boa história na construção desse cenário.

OP: Vocês já tocaram em algum evento de Cultura Pop Nerd / Japonesa? Se sim, como foi a receptividade?

RJ: Sim, em três. Na “Amazônia Comic Con” que rolou em Abaetetuba/2015 no “Ronin: Nippon Ritsudo”, também em Abaetetuba e no Anime Music Fest, em Belém. Em todos os eventos a receptividade e a organização foram incríveis. Público muito receptivo e caloroso, organização atenciosa. Por causa disso que queremos sempre tocar em eventos com essa proposta.

OP: Vocês tem um EP com quatro músicas, intitulado “Incoerência” e agora, um single com 2 músicas, intitulado “Rastejante”. Como foi o processo de gravação e o que estes materiais significam para vocês?

RJ: Foi um processo um tanto tranquilo e não muito demorado, porque quando começamos a gravar, as músicas já estavam prontas. Acredito que quem mais tenha tido dificuldades foi o Luyan, que entrou na banda e uma semana depois teve que gravar as músicas, teve que aprender as 4 faixas em tempo recorde. Fora
Luyan Sales
essa correria, foi tudo muito tranquilo, pra uma banda que estava começando a surgir no cenário, o resultado ficou bom. O EP foi marcante porque graças a ele conseguimos ganhar visibilidade na cena autoral do Rock Paraense e muita gente passou a nos seguir nas mídias sociais, adquirindo material da banda, como camisetas, o EP em formato físico e não apenas digital, entre outras coisas.

O single novo já teve uma produção mais cuidadosa, não houve tanta pressa para conclusão, as músicas já estavam ensaiadas por já estarmos tocando-as nos shows. Fizemos novamente com o Kleber Chaar e rolou uma mudança no estilo de composição, além de uma evolução bastante visível na execução das músicas. Conseguimos direcionar para um estilo mais a nossa cara e o resultado ficou acima da média.

OP: Até então, quais foram os shows / eventos mais marcantes para vocês?


Vitor Vieira
RJ: Nosso show de estréia (“Festival Grito Rock” edição Pará), os shows em Abaetetuba, o festival “Vamos, Vai Pede Tu!” que foi o show de lançamento do EP “Incoerência”, a abertura para o CJ Ramone (ex-baixista dos Ramones, que tocou em Belém em Outubro de 2015), abertura para a banda santista Same Flann Choice, a participação no festival Woodstock Old & New Festival. E a gravação do nosso primeiro webclipe, da música “Mídia Inversa”. Tem outros clipes vindo aí.

OP: Quais os planos para 2016? Algum novo trabalho?

RJ: Lançamos um single novo, com 2 músicas, agora em Maio. Estamos com composições novas, queremos gravar nosso primeiro álbum e lançá-lo ainda neste ano de 2016. E em 2017, cair na estrada, divulgar bastante esse álbum, gravar clipes, etc… Mas são planos, ainda. Tudo depende do ritmo da banda. Com a entrada do guitarrista Léo Gomes (que substituiu Alvaro Neto), a banda ganhou um novo gás para seguir as produções novas.

OP: Vocês acompanham as bandas locais do cenário que vocês tocam? Vocês recomendam algo para os leitores da Otaku Point?

Leonardo Gomes
RJ: Sim, acompanhamos. Recomendamos que os leitores pesquisem um pouco do que é produzido aqui na cidade, tem muita coisa bacana que não deve absolutamente em NADA ao que vem de fora, na música, na literatura, nas artes em geral. Nosso meio é o de bandas, então recomendamos que vocês procurem ouvir bandas como A Red Nightmare, Sokera, Antes do Erro, The Last Machine, Piscadela Verde, Delinquentes, Teach Peace, entre outras que estão na ativa e seguem na batalha pra conseguir seu lugar ao sol. É muito importante que o público conheça o que é produzido aqui. E se gostar, mais importante ainda é apoiar e dar incentivo a quem faz arte/cultura aqui no Pará.

OP: Deixem uma mensagem aos leitores da Otaku Point e para o público que acompanha vocês.

RJ: Mais uma vez, muito obrigado pelo espaço cedido para essa entrevista, muito importante essa abertura que vocês deram para as produções locais. Aos leitores da Otaku Point, obrigado por terem lido essa entrevista, continuem lendo a Otaku Point sempre! Se você gostar do nosso som, nos siga, ouça nossa música! E para quem já segue, muito obrigado pelo apoio. Sem a força de vocês, talvez não tivéssemos a mesma vontade de continuar seguindo em frente.



Links Dislexia:

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Instagram e Twitter: @dislexia_dsx

Bandcamp: www.dislexiadsx.bandcamp.com

Material disponível nas plataformas Deezer e Spotify.

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